A Morte de Saddam Hussein
- Por
- Marcos Teixeira
Saddam foi julgado por genocídio contra curdos iraquianos, cometido em 1980 e também pela morte de 148 camponeses xiítas de Dujail em 1982. Foi enforcado aos 69 anos no início do dia 30 de dezembro, sábado, em Bagdá e foi sepultado no dia seguinte próximo de sua cidade natal, Tikrit.
Saddam morreu no dia do início da Aid al-Adha, festa muçulmana do sacrifício, e alguns já o consideram um “mártir”, em contrapartida, os xiítas antes da execução de Saddam, gritavam o nome do líder xiita Al-Sadr, filho do aiatolá iraquiano Mohammad al Sadr assasinado por Saddam em 1999, coisa não muito bem aceita por outras facções iraquianas. Mais confusão armada para o oriente médio.
O presidente George Bush comentou sobre a execução de Saddam dizendo: “Gostaria, evidentemente, que o processo de execução tivesse sido conduzido de uma maneira mais digna...”
E o que seria uma morte digna seu presidente?
Vendo as opiniões sobre a execução de Saddam Hussein pelo mundo, fiquei muito triste com as afirmações de muitos ditos cristãos que aplaudiram de pé este acontecimento. Nada se pode dizer a favor de Saddam e seus crimes, um ditador cruel e bárbaro sem escrúpulos ou decência, mas... matá-lo, ou a quem quer que seja, não pode ser uma opção aceitável para quem professa a Cristo, mesmo mediante a autorização de um tribunal humano. Os executores da pena de morte e os seus apoiadores também são considerados assassinos?
Se puder veja o filme: “Na Ponta da Lança”, uma história real de alguns missionários mortos ao tentarem se aproximar de uma tribo canibal do Equador nos idos dos anos 50, o fato teve grande repercursão na época. Uma das coisas que mais me impressionou foi a conversa de um dos missionários com seu filho de 8 anos:
- Pai, você vai reagir se os índios te atacarem.
- Filho, eles não estão preparados para o céu, nós estamos.
Um homem que realmente entendeu o amor de Deus, o significado da vida e as boas novas de salvação. Que transcende qualquer entendimento.
Firme na Rocha!