Pele Eletrônica
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No monitoramento de saúde clínica, as máquinas de diagnóstico que realizam a medição fisiológica e estimulação através da pele estão ligados a pacientes com fios e cabos. Fiação complicada que pode ser inconveniente e angustiante para pacientes e médicos.
Com o íntuito de capturar eventos cardíacos anormais, alguns pacientes é obrigado a usar um monitor volumoso por um período prolongado. Muitas pessoas, particularmente aqueles que têm pele sensível desenvolvem uma erupção cutânea, e os locais onde estão os eletrodos tem que ser constantemente trocados, interrompendo monitoramento.
Uma pele eletrônica recentemente desenvolvido vai ajudar a resolver alguns destes problemas e permitir o monitoramento mais simples, confiável e ininterrupto. Com destaque para a ausência de cabos externos e na leveza dos componentes. (página 838 da edição da revista Science de agosto/2011).
Estes dispositivos foram criados através de "transferência de impressão" processos de fabricação que criam versões flexíveis de alta performance.
Na verdade é um dispositivo eletrônico auto-adesivo, parecido com uma tatuagem e capaz de reunir informações sobre o coração, ondas cerebrais e atividade muscular.
O Sistema Eletrônico Epidérmico (EES, na sigla em inglês) foi criado por uma equipe de pesquisadores americanos, britânicos, chineses e cingapurianos. Na prática, o aparelho funciona como se estivesse "colado" à pele, já que não são visíveis costuras de espécie alguma após o implante.
A grossura da "tatuagem" eletrônica tem a metade do diâmetro de um fio de cabelo (50 micrôns) e precisa de pouca energia para funcionar, podendo armazenar energia em pequenos painéis solares.
Existe a clara intenção de no futuro incorporar fluidos a este dispositivo possibilitando a criação de peles com capacidade regenerativas maiores, muito úteis para tratamento de queimaduras e doenças da pele.
Sensores menores e menos invasivos podem ser especialmente úteis para estudar pacientes com apneia do sono sem que seja necessário conectá-los a fios durante a noite, segundo os cientistas.