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Como a Bíblia Chegou até Nós

como-a-biblia-chegou-ate-nosComeça-se com pressuposições: o Criador certamente existe, e dirigiu uma revelação escrita a nossa raça. O projeto dessa revelação escrita certamente existiu no pensamento do Criador antes da fundação do mundo, assim como o Cordeiro morto.

I Pedro 1:19-20 – O Cordeiro morto antes da fundação do mundo.

Salmo 119:89 – Para sempre, ó Jeovah, a tua palavra está firmada nos céus.

I Cron. 16:15 – A palavra que ordenou para mil gerações.

Adão era extremamente inteligente, portador da imagem do Criador ainda sem contaminação. Ele deu nome a todos os bichos e pássaros (Gen. 2:20) antes da queda. Para tanto fatalmente dispunha de linguagem – ele foi criado com idade aparente e com um idioma já na cabeça (obviamente, se Deus conversava com ele – Gen. 2:16-17, 3:9-13). Com tanta inteligência e tantos anos de vida deve ter desenvolvido um sistema para escrever seu idioma. Quando Deus andava e conversava com Adão no Jardim, um dos principais assuntos deve ter sido como Deus criou o mundo (aliás, quantos assuntos poderiam existir àquela altura?). Entendo que Adão certamente fez registro escrito da criação e dos acontecimentos durante sua vida.

Enoque (sétimo após Adão) escreveu uma profecia que ainda existia no tempo de Jesus (Judas 14). Se o idioma pré-dilúvio e pré-Babel foi um tipo de hebraico, como presumo, então Judas podia lê-lo. Enoque conviveu quase a vida toda com Adão – se Enoque escreveu, foi porque Adão escreveu primeiro.

Noé deve ter levado para dentro da Arca documentos históricos preparados por Adão, Matusalém, etc., bem como outra literatura, incluindo a profecia de Enoque (pois qualquer coisa fora da Arca foi totalmente destruída). Certamente o próprio Noé registrou os eventos que giraram em torno do dilúvio, bem como depois. Como Deus bem sabia que mais tarde iria utilizar Moisés para escrever o relato inspirado, parece-me óbvio que Ele teria impulsionado Adão, Matusalém, Noé, etc. a fazerem registros acurados.

Pelegue era um tataraneto de Sem (Ninrode era neto de Cão) e filho de Éber (hebreu – em Gen. 14:13 Abraão é chamado de hebreu). Sendo que a semente prometida passou por Sem, e Deus estava bastante interessado no processo, os documentos que passaram pelo dilúvio teriam sido preservados dentro da sua linhagem. A família de Éber e Pelegue não estaria envolvida, necessariamente, no projeto da torre de Babel. Entendo que o idioma hebraico, que seria o idioma pré-dilúvio e pré-Babel, não foi alterado quando Deus criou as outras línguas – assim a memória escrita do passado foi preservada inalterada (Pelegue morreu antes que Noé). Nos dias de Pelegue (Gen. 10:25) a terra foi dividida [por fissura], e a confusão das línguas [e culturas] teria que acontecer antes.

Jó viveu na terra de Uz (que era neto de Sem) e teria sido descendente dele. Como viveu mais que 200 anos, seria de uma geração anterior à de Abraão, talvez a de Naor. Jó é o primeiro livro inspirado, escrito por volta de 2000 a.C. Deve ter sido escrito em hebraico, pois o hebraico seria idioma de prestígio, por ser o mais antigo e com literatura estabelecida – aliás, no tempo de Jó, pouco após Babel, talvez fosse o único idioma escrito.

Abraão, pai da fé e receptor da Aliança, e que conviveu com Sem e Éber (aliás, morreu antes de Éber), deve ter recebido o acervo de literatura, que chegou até Moisés (talvez através de Levi, Coate e Anrão). Lembrar que estou pressupondo a participação de Deus no processo.

Moisés, inspirado por Deus, fez uso inerrante do acervo, que começou com Adão, por volta de 1500 a.C. Como Moisés escreveu cinco livros, até aqui temos seis livros canônicos. Deut. 31:24 afirma que Moisés escreveu, e conforme Dt. 17:18 fazer cópias era ordem. Josué 24:26 afirma que Josué escreveu. 1 Samuel 10:25 afirma que Samuel também escreveu.

Davi e Salomão, entre 1050 e 975 a.C. – eles escreveram a maior parte dos livros poéticos. Até aqui são 13 ou 14 livros canônicos.

Malaquias, por volta de 435 a.C. – último livro escrito do cânon hebraico (na seqüência oferecida pelo texto Massorético o último livro é 2 Crônicas). Agora são 39 livros canônicos (Zac. 7:12 afirma a inspiração dos profetas pré-exílicos). Josefo afirma que o cânon foi fechado nos dias de Artaxerxes.

Septuaginta (LXX) – durante o 3° século a.C. (c. 285) começou-se a tradução do A.T. para o grego, trabalho que se completou antes do tempo de Jesus Cristo. O cânon traduzido continha os 39 livros que conhecemos (os livros apócrifos foram acrescentados já dentro da era cristã, por cristãos, não pela comunidade hebraica).

Jesus Cristo outorgou ao A.T. autoridade absoluta (colocou os escritos de Moisés em pé de igualdade com sua própria palavra – João 5:45-47). Citou pelo menos Gênesis, Êxodo, Números, Deuteronômio, Salmos, Isaías, Jeremias, Daniel, Oséias, Jonas, Zacarias e Malaquias. Em Lucas 24:44 reconheceu explicitamente as três divisões do cânon hebraico: Lei, Profetas e Escrituras (Salmos).

Antigamente o hebraico era escrito só com consoantes. Começando no século VII d.C. e terminando no século X, um grupo de eruditos judeus acrescentaram a pontuação vocálica, com isso definindo também o texto. Esse texto massorético tornou-se padrão, sendo o texto hebraico da Reforma Protestante e o texto hebraico que utilizamos até hoje.

 

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"Treme da minha palavra...", Isaías 66:1-2

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