Ressurreição de Cristo
- Por
- Marcos Teixeira
- 14327 acessos
“E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça” - Atos 4:33
“E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos” - Mateus 27:53
“Doendo-se muito de que ensinassem o povo, e anunciassem em Jesus a ressurreição dentre os mortos” - Atos 4:2
“E que o ressuscitaria dentre os mortos, para nunca mais tornar à corrupção, disse-o assim: As santas e fiéis bênçãos de Davi vos darei” - Atos 13:34
“Que também, como uma verdadeira figura, agora vos salva, o batismo, não do despojamento da imundícia da carne, mas da indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo” - 1 Pedro 3:21
“Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor” - Romanos 1:4
“Isto é, que o Cristo devia padecer, e sendo o primeiro da ressurreição dentre os mortos, devia anunciar a luz a este povo e aos gentios” - Atos 26:23
“Para conhecê-lo, e à virtude da sua ressurreição, e à comunicação de suas aflições, sendo feito conforme à sua morte” - Filipenses 3:10
“Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição” - Romanos 6:5
“Que também, como uma verdadeira figura, agora vos salva, o batismo, não do despojamento da imundícia da carne, mas da indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo” - 1 Pedro 3:21
Ao longo dos séculos surgiram várias tentativas de negar a ressurreição, os céticos em número demasiado negam a historicidade de Cristo Ressurreto.
Não é o caso debatermos aqui toda a gama de análises e comentários sobre o assunto, senão alguns mais comuns como a seguir:
A Teoria do Mito
A Teoria do Mito diz que "Jesus nunca existiu". Aqueles que defendem esse ponto de vista colocam Jesus Cristo na mesma categoria de Papai Noel ou qualquer conto de fadas. Enquanto alguns deles admitem a existência de um homem comum chamado Jesus de Nazaré, eles acreditam que seu retrato nos evangelhos é fantasioso e exagerado, um produto da imaginação dos discípulos.
Senão vejamos:
- As provas da existência de Jesus são substanciais. Ele é mencionado em pelo menos onze diferentes fontes não-cristãs do primeiro século ou pouco tempo depois, incluindo Josefo, Tácito, Plínio, Seutonius e o Talmud babilônico. Estas fontes confirmam, entre outras coisas, que Jesus foi crucificado sob Pôncio Pilatos na vésperas da Páscoa judaica, que os seus discípulos acreditavam que ele ressuscitou dos mortos, que ele acreditava ser o Messias judeu, que eles atribuem milagres a ele e o adoravam como Deus. E essas fontes não-cristãs eram neutras ou hostis ao cristianismo, o que torna seu depoimento ainda mais pesado. Adicione a isso os 32 primeiros autores cristãos, o que nos dá no mínimo 43 fontes diferentes do mundo antigo que atestam a existência de Jesus.
Compare isso com a evidência histórica que temos para o imperador romano Tibério, que governou durante a época de Cristo. Apenas nove autores referem-se ele. Portanto, há quase cinco vezes a quantidade de evidências para a existência de Jesus do que a de um dos imperadores romanos, no entanto, ninguém duvida da existência de Tibério.
- Os quatro evangelhos não compartilham as características de um mito. Eles são concisos e detalhados. Eles têm o cuidado de mencionar os nomes das localidades como também o tempo. Eles observam as práticas culturais (Marcos 7:3-4) e interpretam os significados das palavras (Mt 27:33). Eles incluem detalhes aparentemente irrelevantes (João 21:11), o que não faria sentido em um mito, mas sugerem fortemente seu testemunho ocular. Os heróis dos “mitos” não são humildes e vulneráveis, como Jesus, mas geralmente arrogantes e invencíveis. Os evangelhos não foram escritos como mitos, mas sim como a história (Lucas 1,1-4).
- Não houve tempo suficiente para que um “mito” se desenvolvesse. Os livros do Novo Testamento foram todos escritos durante o primeiro século e muitos daqueles que foram testemunhas oculares dos eventos ainda estavam vivos e poderiam ter refutado qualquer exageros ou mentiras (1 Cor 15:6). O apóstolo Paulo foi convertido apenas três anos após a crucificação e ressurreição de Cristo!
- Se os Evangelhos são um mito, então os seus autores escolheram as pessoas mais improváveis para testemunhar da ressurreição de Jesus pois as primeiras pessoas a ver o Cristo ressuscitado foram mulheres. No primeiro século na sociedade judaica o testemunho das mulheres era considerado desprezível. Se os discípulos queriam que as pessoas acreditassem que Jesus tinha ressuscitado dos mortos, porque é que eles colocariam as mulheres junto ao túmulo em primeiro lugar? Eles teriam escrito as coisas de tal forma que Judeus ou homens romanos pudessem ser as principais testemunhas.
- Pedro declara enfaticamente que o que ele e os outros discípulos transmitiram foi, de fato, a verdade:
“Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade” – II Pedro 1:16
Jesus tem atraído milhares de seguidores ao longo dos últimos dois mil anos. Se ele era apenas um produto da imaginação dos discípulos, então eles deveriam ser considerados como o maiores romancistas que já existiram.
"Se eles inventaram esta história, eles eram as pessoas mais criativas, inteligentes da história, superando de longe Shakespeare, Dante ou Tolkien” - Kreeft
A verdade é que meros pescadores relataram a História das Histórias.
"O cristianismo é a única religião importante que tem como evento central da humilhação do seu Deus". Bruce Shelley
A Teoria do Desmaio
A Teoria do Desmaio afirma que Jesus não morreu realmente. A afirmação básica da teoria do desmaio é que Jesus não estava morto quando foi retirado da cruz, apenas "quase morto”, ou seja, foi erroneamente dado como morto, e como isto acontece até mesmo nos tempos modernos e os médicos de hoje podem se enganar então poderiam aqueles ao pé da cruz também terem se enganado.
Em algumas versões desta teoria, Jesus ressuscita apenas o tempo suficiente para fazer algumas aparições, e depois morre. Em outras versões, ele faz uma recuperação completa, mas se esconde para evitar a recaptura.
Senão vejamos:
- As chagas de Jesus estavam além da recuperação. Ele foi açoitado e espancado além do reconhecimento (Mateus 26:67, 27:26; Marcos 14:65). Espinhos foram pregados em seu couro cabeludo (Mateus 27:29). Ele foi espancado na cabeça com uma vara (Mateus 27:30). Ele estava em tal estado de choque que foi preciso alguém ajudá-lo a levar a cruz (Mateus 27:32). Suas mãos e pés foram pregados a cruz, onde ficou pendurado em agonia durante seis horas antes de morrer. Finalmente, uma lança foi empurrado no seu lado (João 19:34).
- Os soldados romanos sabiam reconhecer muito bem um cadáver. Quando os soldados vieram para quebrar os pés de Jesus, eles viram que ele já estava morto (João 19:32-33). Mas ainda assim, para evitar duvidas furaram o seu lado com uma lança (v.34). Se um soldado romano deixasse ocorrer uma fuga de prisioneiros, sua vida estava perdida.
- O apóstolo João viu sangue e água jorrar da ferida da lança (João 19:34-35).
Os médicos atribuem este fenômeno a uma asfixia ou a uma falha cardiorrespiratória, o que ainda testifica que Jesus já tinha morrido antes de o soldado enfiar-lhe a lança.
- Os seguidores de Jesus estavam completamente convencidos de que ele estava morto, a ponto de que eles ficarem escondidos numa sala trancada (João 20:19). De fato, um deles, Tomé, se recusava a acreditar na ressurreição de Cristo, mesmo depois que os outros afirmaram ter visto Jesus vivo (João 20:25). Ele estava tão convencido da morte de Jesus que ele exigiu provas empíricas antes de acreditar.
- Em suas aparições pós-ressurreição, Jesus não aparenta os efeitos daninhos da feridas que tinha recebido, mas ele anda, fala e come como se nada tivesse acontecido, tendo apenas os efeitos visíveis, ou seja, as cicatrizes.
- Tão gravemente ferido, como Jesus poderia mover a pesada pedra que cobria a entrada do túmulo? E ainda dominar os guardas romanos do lado de fora?
"Interpretações baseadas na suposição de que Jesus não morreu na cruz parecem estar em desacordo com o conhecimento médico moderno" - Dr. William Edwards
A teoria da Alucinação
A teoria da alucinação diz que os discípulos tiveram uma alucinação coletiva. Alguns céticos argumentam que os discípulos, em estado de choque após a morte de seu mestre, apenas pensaram ter visto Jesus vivo novamente. Variações sobre essa teoria argumentam que a discípulos estavam tendo uma visão celestial ou um fantasma. Foi mesmo sugerido que Jesus havia hipnotizado os seus discípulos antes da sua morte e plantado uma sugestão pós-hipnótica no subconsciente deles.
Senão vejamos:
- Jesus apareceu a várias pessoas em diferentes lugares e em tempos diferentes. Em uma ocasião, ele apareceu para mais de quinhentas pessoas de uma só vez (1 Coríntios 15:6). Não é provado que duas pessoas podem compartilhar a mesma alucinação, e muito menos quinhentas.
- As alucinações são situações momentâneas. Mas os discípulos viram Jesus, durante um período de quarenta dias (Atos 1:3).
- Nem as alucinações em massa, nem visões, nem fantasmas podem explicar como a pedra foi rolada ou como o túmulo ficou vazio.
- Os discípulos ficaram tão surpresos que eles realmente achavam que ele era um espírito em primeiro lugar (Lucas 24:37). Mas Jesus os convidou a tocar lhe:
‘’Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” – Lucas 24:39
As mulheres tocaram os pés (Mateus 28:9). Ele partiu o pão (Lucas 24:30) e comiam alimentos com eles (Lucas 24:42-43). Ele soprou sobre eles (João 20:22).
- Os discípulos sofreram por causa de sua fé na ressurreição por décadas. Seria uma alucinação ou sugestão pós-hipnótica capaz de produzir esse nível de motivação?
A Teoria do “Oops”
A Teoria do “Oops” diz que os discípulos estavam enganados. Alguns céticos alegam que os discípulos foram ao túmulo errado. Quando eles o encontraram vazio, eles erradamente pensaram que Jesus tinha surgido dentre os mortos. Outros postulam que alguém tomou o corpo de Jesus do sepulcro sem os seus seguidores soubessem.
Senão vejamos:
- Muitas pessoas visitaram o túmulo, e em tempos diferentes. Será que todos eles entenderam errado? Pelo menos, José de Arimatéia, que era proprietário do túmulo, teria sido capaz de guiá-los para o túmulo certo.
- A tumba em que Jesus foi colocado não era um túmulo comum. José de Arimatéia foi um homem rico (Mateus 27:57). Ao invés de um túmulo tipicamente coberta por uma laje de pedra, a sua tumba foi cortada do lado de um morro, como uma caverna, com uma pedra pesada para bloquear a entrada. Não havia muitos túmulos daquele jeito.
- A tumba de Jesus havia sido selada com um selo romano, e estava guardada por soldados romanos (Mateus 27:64-66). Realmente não tinha como errar.
- Um corpo ausente, por si só, não implica na ressurreição dos mortos. Quando Maria chegou junto ao túmulo e o encontrou vazio, ela não conseguiu passar para a conclusão de que o Senhor tinha ressuscitado dentre os mortos (João 20:13, 15). Pelo contrário, ela pensava que alguém tivesse removido o corpo de Jesus. Jesus ainda estava morto pra ela.
- Se alguém tivesse levado o corpo, eles poderiam ter colocado um fim ao cristianismo em um momento, simplesmente apresentando o corpo. Os líderes judeus teriam pago bom dinheiro por isso.
A teoria da Conspiração
A teoria da conspiração diz que os discípulos mentiram. Alguns opositores do cristianismo alegam que os seguidores de Jesus secretamente roubaram o seu corpo da tumba e depois inventaram toda a história da ressurreição. Esta acusação pode ter levado aos romanos promulgar uma nova lei conhecida como Édito de César. Este diploma, que foi encontrado gravado em uma laje de mármore na Galiléia, prescreve a pena de morte para qualquer pessoa que remover o corpo de um túmulo.
Senão vejamos:
- A fraude envolvendo tantas pessoas seria praticamente impossível de se manter, pelo menos não por muito tempo.
- Qual o motivo que os discípulos teriam para mentir? O que eles ganhariam com isto? Fazer os outros pensarem que Jesus estava vivo?
- Os discípulos não tiveram oportunidade para roubar o corpo de Jesus, pois junto ao túmulo estava a guarda de soldados romanos.
- Se os discípulos puderam ser honestos com relação as suas próprias falhas como nos diz os evangelhos, como eles poderiam ser tão desonestos sobre os outros eventos que relatam?
- Se a ressurreição não tivesse ocorrido os judeus poderiam simplesmente ter mostrado o corpo de Jesus, não bastava mostrar a todos?
Os discípulos enfrentaram grandes lutas e perseguições e até mesmo martírio por manterem a sua crença na ressurreição, mas eles nunca negaram que Jesus havia ressuscitado. Eles morreram afirmando ter visto Jesus vivo dentre os mortos. Quantas pessoas morreriam por algo que não acreditam ser verdade?
Firme na Rocha