MPC

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MPC – Mocidade para Cristo
é um movimento cristão com foco na juventude, e atuação em diferentes países. Motivados pela nossa fé em Jesus Cristo, compartilhamos as boas novas de Deus com os jovens.

A Mocidade para Cristo é composta de dezenas de milhares de obreiros de tempo integral, obreiros de tempo parcial e voluntários, em mais de 130 países, e que trabalham em conjunto para dar, a todos os jovens, a oportunidade de ser um seguidor de Jesus Cristo.

A MPC procura levantar seguidores de Jesus por toda a vida, e que levarão o cristianismo com seriedade, devoção, oração, e paixão em compartilhar o amor de Cristo.

Nossa Visão

Cada jovem / adolescente, em cada grupo de pessoas, em cada país / cidade terá a oportunidade de ser um seguidor de Jesus Cristo.

Nossa Missão

Atuar no Corpo de Cristo, dedicados e comprometidos com a evangelização de jovens, apresentando-lhes a pessoa, a obra e os ensinamentos de Jesus Cristo, e discipulando-os a tornarem-se membros ativos da Igreja.

 

http://www.mpc.org.br/ 

 


 

 

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Uma iniciativa que fez história

O "Geração 79", organizado pela Mocidade para Cristo com a colaboração de diversas entidades, uniu tradicionais e pentecostais em torno da unidade da Igreja.

O Anhembi nunca havia recebido tantos jovens crentes juntos. De todos os cantos do Brasil, com mochila nas costas e muita disposição, eles tomaram o rumo de São Paulo para um evento que marcaria não só as suas vidas, como a própria trajetória da Igreja Evangélica no país. O Geração 79, organizado pela Mocidade para Cristo (MPC) com a colaboração de outras entidades, uniu tradicionais e pentecostais em torno de um objetivo: o cumprimento do texto de João 17.21 – “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste”, escolhido como tema do encontro.

Num esforço até então sem precedentes, foram trazidos ao Brasil nomes de peso do evangelismo internacional, como Billy Graham e Luiz Palau, dentre outros. No cenário nacional foram convidados expoentes da época como Russel Shedd e Nilson Fanini, além de mais de 70 pastores e líderes evangélicos nacionais, que participaram de seminários, palestras e estudos bíblicos com a moçada. Trinta anos depois, quem esteve em Geração 79 lembra do evento com saudade. “No culto de encerramento, no domingo pela manhã, todos os congressistas, de mãos dadas, cantaram o hino oficial do congresso, Unidos no Corpo de Cristo. Eu chorei de alegria e emoção”, conta o missionário americano Paul Overholt, ex-dirigente da MPC no Brasil e um dos organizadores do congresso. Desde 1994 vivendo nos Estados Unidos, ele estava aqui em junho, quando encontrou-se com outros companheiros que participaram daquele desafio. “Aquilo foi uma jornada de fé”, resume.

geracao 79O desafio, de fato, foi imenso. Àquela época, ainda sob o regime militar, o Brasil não tinha tanta presença evangélica como hoje. O evento foi visto com desconfiança até pela mídia. Foi preciso conquistar apoios. “Houve uma costura muita intensa e bonita, que acabou gerando um clima nunca visto de união entre as diversas denominações”, destaca Volney Faustini que atuou como Diretor do Congresso. Sem muita estrutura e dinheiro, o jeito foi arregaçar as mangas e captar apoiadores. O projeto de um congresso para jovens, nos moldes do Eurofestival ganhou a fundamental adesão da Associação Billy Graham. Tanto é que Werner Burklin foi destacado para ser o homem da organização no Brasil, sem o que Geração 79 não teria acontecido de fato. “A vinda de Werner Burklin foi fundamental para levantar recursos. Valdir Steuernagel juntamente com Paul Overholt, montou o programa e o conteúdo e Bill Hewlit reuniu um exército de voluntários entre os executivos de altas posições em multinacionais de peso”, lembra Faustini. “Entre vários nomes destacaram-se Eros Pasquini, Gióia Jr e Fausto Rocha como chaves para o sucesso do evento”, complementa. 

Impacto – Paralelamente ao congresso jovem, foi realizada a cruzada de Billy Graham no estádio do Morumbi. Nunca São Paulo presenciara tanta mobilização evangélica numa única semana. Dois anos antes, a MPC Internacional já havia realizado seu Concílio no Rio e o Congresso 25 Anos no Mineirão, em Belo Horizonte (MG), quando a liderança foi transferida de Overholt para Abraão Soares, o primeiro diretor brasileiro da entidade. Aqueles eventos serviram como preparação para o Geração 79. A ele se seguiram diversos outros congressos de juventude cristã de grande porte – como o Geração 90, em Brasília, com cerca de 4,5 mil participantes e que consolidou o trabalho da MPC em nível nacional. Também foi na esteira daquela iniciativa pioneira que surgiu, anos depois, o movimento de intercessão de mães evangélicas Desperta Débora, hoje capilarizado por igrejas de todo o país.

“Houve um impacto demográfico na comunidade evangélica brasileira naquela época, como fruto do Geração 79. Na minha opinião, este foi o maior legado do evento”, acredita Overholt. “A experiência de organizar o congresso foi a realização de um sonho e de um desejo que Deus colocou em meu coração anos antes”. Trinta anos depois, ele reencontra um país bem diferente daquele dos anos 70, inclusive em relação aos anseios da juventude evangélica, que naquela época tinha uma forte inclinação para missões e hoje parece muito mais centrada em si mesma. “Estou longe há bastante tempo e não sei identificar exatamente o que mudou pela complexidade da situação”, pondera. “Porém, penso que a teologia da prosperidade tem contribuído nessa mudança. Mas duas coisas não mudaram: a grande comissão de Jesus e a óbvia necessidade das pessoas perdidas. Acredito que o slogan da Mocidade para Cristo continua sendo válido: ‘Ao compasso dos tempos, mas firmados na Rocha’.”

Carlos Fernandes