As Zebras - Memória Vital
- Por
- Michelson Borges
A National Geographic exibiu há algum tempo um documentário sobre as zebras. Um detalhe fascinante da reportagem diz respeito ao momento em que a zebra dá à luz. Quando chega a hora, o animal vai para a extremidade do rebanho – não muito distante, tendo em vista sua segurança, mas suficientemente longe para estar no controle da situação.
Quando o filhote nasce, deve levantar-se imediatamente e caminhar. Sua sobrevivência depende disso. E depende também de outro fator impressionante: quando a cria se põe em pé, a mãe cuida para que ela não veja as listras das outras zebras, mas apenas as suas, por aproximadamente quinze minutos.
Aparentemente, sugerem os estudiosos, o cérebro do potrinho grava as listras da mãe no “disco rígido” de seus neurônios. É sabido que cada zebra possui um padrão de listras diferente, como se fossem suas impressões digitais. Por isso, é vital que o filhote memorize a configuração das listras de sua mãe. Se ele olhar, nesse momento crucial, para outra zebra e gravar as listras dela, poderá morrer porque ficará confuso quanto a onde buscar alimento e proteção. Gravar as listras corretas nos primeiros minutos da vida faz diferença entre a sobrevivência e a tragédia. A mãe circunda e abriga o filhote da curiosidade das outras zebras, porque sabe que ele não deve ver outras listras além das suas.
Como explicar esse comportamento intuitivo e imprescindível das zebras? Como ele poderia ter se desenvolvido ao longo dos milênios, se, sem ele, os filhotes não sobreviveriam? Fica evidente, para o criacionista, que o Criador dotou as zebras com esse comportamento que lhes garante a sobrevivência. Afinal, o cuidado dos animais faz parte das atividades de Deus, como afirmou Jesus: “Vejam os passarinhos que voam por aí: eles não semeiam, não colhem, nem ajuntam em depósitos. No entanto, o Pai que está no Céu dá de comer a eles” (Mat. 6:26, BLH).
Michelson Borges é jornalista, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Foi professor de História em Florianópolis e editor do jornal da Rádio Novo Tempo daquela capital, onde também apresentava um programa de divulgação científica. É editor de livros na Casa Publicadora Brasileira e autor dos livros A História da Vida, Por Que Creio, Nos Bastidores da Mídia (publicado em espanhol, com o título Detrás de los Medios), Esperança Para Você, da Série Grandes Impérios e Civilizações, composta de seis volumes, e do livro A Descoberta (em coautoria). Mestre em Teologia pelo Unasp, é membro da Sociedade Criacionista Brasileira, tem participado de seminários criacionistas em vários lugares e mantém o blog www.criacionismo.com.br.